quinta-feira, 13 de abril de 2017






INOCENCIA


Na tarde calma, um rumorejar de águas.
Caminhava, perdida dentro de mim,
Só meus olhos ávidos, bebiam a brisa que adejava.
Tão distantes minhas mãos,
Tão altivos os pássaros,
Afagava-os seguindo, seu cantar.
Perdiam-se na lonjura,
Entre o sol que os beijava,
E a nuvem que num azul pleno esvoaçava.
Caminhando rente ao espelho de água,
Via minha silhueta desenhada.
Mágica sombra, desta alma agreste que sonhava.
Na torrente, se embalavam, libelinhas de cristal á flor das águas
Meus olhos enamorados pelo correr das águas,
Desdobravam o leque do tempo…
Era magnifico, raiado de sol e violetas.
Cantavam nele fontes refrescantes.
Borboletas, mil… asas de pétalas de flor
Eu corro com pés de bailarina,atrás de borboletas.
Rio, tendo nesse riso a magia.
Dessa criança irrequieta.
Permaneço nesse tempo,
Por gosto, pela ingenuidade dos gestos.
Pela sensação de pureza que ali encontro.
Por ser o meu refugio,
Por ser o tempo em que aprendi a sonhar.
Caminha essa criança a mulher madura pela mão.
Indicando com seu dedo infante.
O caminho mais bonito para alindar o coração.
Dá á criança o gosto de colher,
As grandezas que escolhe o coração,
Os brilhos de água, a voz do vento.
Os reinos encantados que as libelinhas têm nas asas.
O bailado da folha á tona de água.
A pérola que lhe assoma o doce olhar…
Tendo nas mãos a inocencia da frágil semente,
Que o vento espalha e entoa, no mágico silencio…
Amar… amar… amar!!!


Augusta Maria Gonçalves
13/4/2016



Fonte:https://www.facebook.com/augustamaria.goncalves
Foto:https://www.pinterest.pt/cinafraga/

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