domingo, 12 de março de 2017





História inacabada


A minha história ainda não foi escrita
Continua intermitente e distorcida
Estão abertas as portas da desdita
Sobre o vão da fronteira adormecida
Enleado não encontro lugar certo
Nas fases que o tempo não fecha
Abro os braços imaginando-te perto
Tenebrosa é a força que não deixa
Na indizível arquitectura de fachada
Sobressaem frases doces desenhadas
Beijos perdidos de história inacabada
Indulgências de almas desencontradas
Segue a narrativa pela lentidão das horas
Perfumes derramados em pálpebras soltas
Fulgores contidos na apanha das amoras
Caprichosos rendilhados sempre às voltas
Nesta dança clara dos dias adversos
Entre o silêncio e o sol dos olhares
Vale-me o amor que sinto pelos versos
E a visão das dunas dos teus mares


© Orlando Alves
Todos os Direitos Reservados

Viana do Castelo, 22 de Fevereiro de 2017



Fonte: https://www.facebook.com/orlando.alves
Foto: https://pt.pinterest.com/cinafraga/

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