terça-feira, 5 de abril de 2022

 


 



 

 Glory to Ukraine   💙    🇺🇦   💛

                                                              

Quando eu morrer

 

Sepultai-me nas estepes           

Na amplidão de uma colina      

Na fagueira e imaculada,           

Bem-amada, Ucraína   

              

De onde eu ouço o retumbante,           

Rio Dnieper a bramir,  

Redimindo as verdes plagas,   

Entre as vagas do porvir;           

              

Rechaçando da Ucraína,            

O mau sangue a rebramar;       

Dos covardes, dos profanos,   

Dos tiranos, para o mar.             

           

Só então eu subirei,     

Deixarei os mananciais,              

E aureoladas cordilheiras,         

Orarei, e finalmente… 

 

Ao Senhor, e em Seu apreço,  

Na harmonia de uma aurora,   

Que até agora, desconheço!   

            

Sepultai-me, e libertai-vos,      

Dos grilhões, da adversidade, 

Do inimigo, do algoz,   

Na aurivoz, da liberdade!          

 

Com o mau sangue se extinguindo,     

Proclamai a liderança! 

Com lauréis imorredouros,       

Com os louros, da bonança.     

 

E nesta imensa família

Livre, nova, e meritória,              

Consagrai-me um instante,      

Mas tocante -  a memória!       

 

 

Taras Shevchenko, poeta ucraniano (1814-1861).

 

 

 

 

 

 

Glory to Ukraine   💙    🇺🇦   💛

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A morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do género humano. 

 

E por isso não perguntem:

Por quem os sinos dobram, eles dobram por vós!

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John Donne, poeta inglês do século XVII

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É com essa citação, tirada de um poema de John Donne, poeta inglês do século XVII, que Ernest Hemingway marcou o começo de uma de suas obras mais importantes.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

 

 

 


Glory to Ukraine   🇺🇦

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Ao entardecer, as florestas outonais

Ecoam de armas mortíferas, e as planícies douradas

E os lagos azuis, por sobre os quais rola

Um sol sombrio; a noite abraça

Guerreiros moribundos, o lamento selvagem

Das suas bocas destroçadas.

Mas, em silêncio, num fundo de salgueiros,

Juntam-se nuvens rubras, onde um Deus irado habita;

E o sangue derramado, e frescura lunar;

Todos os caminhos desembocam em negra podridão.

Sob dourada ramagem da noite e sob estrelas

A sombra da irmã vacila pelo bosque de silêncio,

Para saudar os espíritos dos heróis, as cabeças

Ensanguentadas;

E levemente, nos canaviais, soam as flautas sombrias do

Outono.

Oh, dor orgulhosa! Vós, brónzeos altares,

Uma dor portentosa alimenta hoje a chama escaldante do espírito,

Os filhos que ainda hão-de nascer.

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Georg Trakl

(tradução: João Barrento)

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Georg Trakl foi um proeminente poeta expressionista Austríaco do início do século XX (1887, Salzburgo, Áustria - 1914, Cracóvia, Polónia)