quarta-feira, 24 de maio de 2023

 

 


 Chelìn Sanjuan, 1967

 

 

Chelin Sanjuan Piquero (1967-2012) was born in the city of Zaragoza, Spain.

In 1968, she emigrated with her parents to Chile where she will live for five years.

Later they travel to Venezuela, the country in which she will reside until 1987.

Her artistic vocation began at a very young age.

 

terça-feira, 23 de maio de 2023

 

 

 


 

 

Quem é aquela dama, que dá a mão ao cavalheiro agora?

Ah, ela ensina as luzes a brilhar!

Parece pender da face da noite como um brinco precioso

da orelha de um etíope!

Ela é bela demais para ser amada e pura demais

para esse mundo!

Como uma pomba branca entre corvos,

ela surge no meio das amigas.

Ao final da dança, tentarei tocar sua mão,

para assim purificar a minha.

Meu coração amou até agora?

Não, juram meus olhos.

Até esta noite eu não conhecia a verdadeira beleza.

 

Trecho do livro 'Romeu e Julieta' de William Shakespeare

 

 

quinta-feira, 20 de abril de 2023

 

 

 


 

Hoje Rosa Lobato de Faria, faria 91 anos - Como sempre digo quando me refiro a ela - Imponente no alto da sua torre de poesia a senhora das palavras bonitas.

 

 

Amei-te com as palavras

Com o verde ramo das palavras

E a pomba assustada do coração.

Amei-te com os olhos

O espelho doido dos olhos

E a sede inextinguível da boca.

Amei-te com a pele

As pernas e os pés

E todos os gritos que trago

Por debaixo da roupa.

Amei-te com as mãos

As mesmas com que te digo adeus.

 

 

Rosa Lobato Faria, escritora portuguesa 1932/2010





Rosa Maria de Bettencourt Rodrigues Lobato de Faria foi uma actriz, escritora, romancista, poetisa, contista, dramaturga e guionista de novelas e séries portuguesa.

20 de abril de 1932 - 2 de fevereiro de 2010

 

 

 

 

 

quarta-feira, 19 de abril de 2023

 

 

 


 

 

Ela caminha em formosura, noite que anda

num céu sem nuvens e de estrelas palpitante,

e o que há de bom em treva ou resplendor

se encontra em seu olhar e em seu semblante:

ela amadureceu à luz tão branda

que o Céu denega ao dia em seu fulgor.

Uma sombra de mais, em raio que faltasse,

teriam diminuído a graça indefinível

que em suas tranças cor de corvo ondeia

ou meigamente lhe ilumina a face:

e nesse rosto mostra, qualquer doce ideia,

como é puro seu lar, como é aprazível.

Nessas feições tão cheias de serenidade,

nesses traços tão calmos e eloquentes,

o sorriso que vence e a tez que se enrubesce

dizem apenas de um passado de bondade:

de uma alma cuja paz com todos transparece,

de um coração de amôres inocentes.

 

 

Lord Byron,

 

(de seu nome George Gordon Byron) poeta britânico 1788/1824