quarta-feira, 19 de abril de 2023

 

 

 


 

 

Ela caminha em formosura, noite que anda

num céu sem nuvens e de estrelas palpitante,

e o que há de bom em treva ou resplendor

se encontra em seu olhar e em seu semblante:

ela amadureceu à luz tão branda

que o Céu denega ao dia em seu fulgor.

Uma sombra de mais, em raio que faltasse,

teriam diminuído a graça indefinível

que em suas tranças cor de corvo ondeia

ou meigamente lhe ilumina a face:

e nesse rosto mostra, qualquer doce ideia,

como é puro seu lar, como é aprazível.

Nessas feições tão cheias de serenidade,

nesses traços tão calmos e eloquentes,

o sorriso que vence e a tez que se enrubesce

dizem apenas de um passado de bondade:

de uma alma cuja paz com todos transparece,

de um coração de amôres inocentes.

 

 

Lord Byron,

 

(de seu nome George Gordon Byron) poeta britânico 1788/1824

 

 

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