Poema VII: 24 de Simônides de Ceos
Videira, mãe da uva e do vinho que tudo apaziguas,
possa a teia de
tuas gavinhas tortuosas
florescer, exuberante, no chão fino e coroar
a estela da tumba
do teano Anacreonte,
para que ele, festeiro e ébrio do vinho a que é tão dado,
tangendo sua lira
de amante de rapazes
noite afora, sob a terra, tenha acima da cabeça
os galhos com o
esplêndido racimo maduro,
e que possa umedecê-lo sempre o sereno da noite
que sua boca de
ancião tão doce respirava.
Do livro Poemas da Antologia grega ou palatina.
Tradução José Paulo Paes
Simônides de Ceos (c. 556 - c. 468 a.C.)