domingo, 24 de abril de 2022

 

 

 


 

 

Esta é a manhã da consciência!

Voemos juntos! Desperta! Segue-me!

Há um lugar livre da dúvida e da tristeza,

Onde o terror da morte não impera.

 

Lá, florescem bosques em eterna primavera,

E sua fragrância faz avançarmos mais e mais.

Imerso nela, o coração, qual abelha, se inebria.

Imenso nela, já não quer outra alegria.

 

Kabir    

 

Bhagat Kabir Yi (San Kabir)

 

(Varanasi, ca. 1440 - Maghar, ca. 1518)

 

 

Kabir  foi um dos grandes poetas místicos ou santos-poetas da Índia medieval (Século XV), cujo escritos influenciaram o movimento bhakti do hinduísmo.

 

 

 

 


 

quinta-feira, 21 de abril de 2022

 

 

 



Antes que o mundo acabe,

deita-te e prova

Esse milagre do gosto

Que se fez na minha boca

Enquanto o mundo grita

Belicoso...

E nos cobrimos de beijos

E de flores...

...antes que o mundo se acabe.

Antes que acabe em nós

Nosso desejo.

 

 

Hilda Hilst, 

 

Poetisa, escritora e dramaturga brasileira (1930-2004).

 

 

quarta-feira, 20 de abril de 2022

 

 

 

 

Slava Ukraini    💙🇺🇦💛

 

A violência é o último refúgio do incompetente.

 

Isaac Asimov

 

Isaak Yudavich Azimov; Petrovichi foi um escritor e bioquímico norte-americano, nascido na Rússia, autor de obras de ficção científica e divulgação científica. 

 

 








Se eu morrer de manhã

Abre a janela devagar

E olha com rigor o dia que não tenho

Não me lamentes. Eu não me entristeço:

Ter tido a noite é mais do que mereço

Se nem conheço a noite de que venho.

Deixa entrar pela casa um pouco de ar

E um pedaço de céu

O único que sei.

Talvez um pássaro me estenda a asa

Que não saber voar

Foi sempre a minha lei.

Não busques o meu hálito no espelho.

Não chames o meu nome que não tenho

E do mistério nada te direi.

Diz que não estou se alguém bater à porta.

Deixa que eu faça o meu papel de morta

Pois não estar é da morte quanto sei.

 

 

Rosa Lobato de Faria

 

 

 

segunda-feira, 18 de abril de 2022

  

 

 


 

 

As Valquírias

 

Valquírias são mitos femininos, deidades exuberantes da mitologia escandinava em que, nas lendas, sobrevoavam os campos de batalha, chamando de volta à vida os mais bravos guerreiros. Complexas e fantásticas, surgiram cerca de 200 anos antes de Cristo, deram nome a uma importante operação de guerra no século.

 

Apesar de serem consideradas deusas menores, as Valquírias são mencionadas na literatura e tradição, tanto nas Eddas como em toda a poesia escáldica, uma forma literária oral da Noruega e da Islândia nos séculos X, XI e XII. Também aparecem em inúmeras inscrições rúnicas, ou seja, escritas nos caracteres usados por muitos povos escandinavos desde o século I até à Idade Média.

 

 

Ler mais em:  https://observador.pt/2021/08/30/conhece-a-lenda-das-valquirias/

 

 

 

 

 

 


 

Meu corpo estiraçado, lânguido, ao longo do leito.

O cigarro vago azulando os meus dedos.

O rádio... a música...

A tua presença que esvoaça em torno do cigarro, do ar, da música...

Ausência!, minha doce fuga!

Estranha coisa esta, a poesia, que vai entornando mágoa nas horas como um orvalho de lágrimas, escorrendo dos vidros duma janela,

Numa tarde vaga, vaga...


Fernando Namora

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Serge  Marshennikov  Realistic  figurative painter