domingo, 22 de agosto de 2021

 
 
 

Meditação do Duque de Gândia sobre a morte de Isabel de Portugal

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Nunca Mais

 

 

A tua face será pura limpa e viva,

Nem teu andar como onda fugitiva

Se poderá nos passos do tempo tecer.

E nunca mais darei ao tempo a minha vida.

Nunca mais servirei senhor que possa morrer.

A luz da tarde mostra-me os destroços

Do teu ser. Em breve a podridão

Beberá os teus olhos e os teus ossos

Tomando a tua mão na sua mão.

Nunca mais amarei quem não possa viver

Sempre,

Porque eu amei como se fossem eternos

A glória, a luz e o brilho do teu ser,

Amei-te em verdade e transparência

E nem sequer me resta a tua ausência,

És um rosto de nojo e negação

E eu fecho os olhos para não te ver.

Nunca mais servirei senhor que possa morrer.

Nunca mais te darei o tempo puro

Que em dias demorados eu teci

Pois o tempo já não regressa a ti

E assim eu não regresso e não procuro

O deus que sem esperança te pedi.

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Sophia de Mello Breyner Andresen

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https://www.youtube.com/watch?v=7IKICVSMRys&t=24 



O mistério do falso poema de Sophia que se tornou viral está desvendado. Foi escrito em 2009 pela juíza Adelina Barradas de Oliveira

 

Fonte:

  https://www.publico.pt/2019/02/15/culturaipsilon/noticia/poema-juiza-escreveu-sophia-celebrizou-1862062




 

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