sábado, 9 de setembro de 2017




CANÇÃO DO OUTONO

Os soluços graves
Dos violinos suaves
Do outono
Ferem a minh'alma
Num langor de calma
E sono.

Sufocado, em ânsia,
Ai! quando à distância
Soa a hora,
Meu peito magoado
Relembra o passado
E chora.

Daqui, dali, pelo
Vento em atropelo
Seguido,
Vou de porta em porta,
Como a folha morta
Batido...

Paul Verlaine


https://www.pinterest.pt/cinafraga/

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.