Ora dorme, carmim, a pétala, ora a pálida
Nem tremula o cipreste em paço do palácio;
Nem brilham as estrias na pia de pórfiro.
Desperta o pirilampo; acordas tu em mim.
Ora inclina-se o alvo pavão como espectro,
E bruxuleia como espectro sobre mim.
Ora a Terra, tal Dânae, estende-se às estrelas,
E abres teu coração inteiro para mim.
Ora desloca-se o silente meteoro,
Deixa um rastro de luz – teu pensamento em mim.
Ora projeta o lírio todo seu encanto,
Vai deslizando até o regaço da lagoa:
Projete-se assim minha querida e deslize
Até este meu regaço e ora se perca em mim.
Alfred Tennyson
Foto: https://www.pinterest.pt/cinafraga/
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