sábado, 29 de abril de 2017




As lágrimas e as memórias
num terraço branco.
Um ramo de sol
na pele das paredes.
O gume dos olhares
e as sombras dobradas à janela.
O suor das incertezas
no aço das cortinas.
O sol amaciou e perdeu-se no dia
como se perde o tempo no relógio,
e nos dedos da casa as lágrimas
falam-me de ti.


[ © António Carlos Santos ]


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