sexta-feira, 23 de novembro de 2018





DO AZUL que ainda busca seu rosto, sou o primeiro a beber.  
Vejo e bebo de teu rastro: 
Deslizas pelos meus dedos, pérolas, e cresces! 
Cresces como todos os esquecidos 
Deslizas: o granizo negro da melancolia  
Cai num lenço, todo branco pelo aceno de despedida. 

Paul Celan, poeta ucraniano-francês (1920-1970).

( tradução: Claudia Cavalcanti )





Foto: https://www.pinterest.pt/cinafraga/

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